Pular para o conteúdo principal

SÉRIE "AS IRMÃS SHAKESPEARE"

 

💓💓💓

Olá, leitores!

Tudo bem com vocês?
Estamos iniciando 2021, então hoje vim até aqui para contar um pouco sobre as minhas primeiras leituras realizadas nessas três semaninhas de janeiro. Espero que gostem da leitura!
Abraços!

💓💓💓


          Os livros que escolhi para fazer a abertura do ano compõem a série intitulada como “As irmãs Shakespeare”, de Carrie Elks, editora Verus.

       Por incrível que pareça, esses livros já estavam na minha estante há algum tempo, mas nunca sobrava uma brecha para eles (coitados...). Um mal que todos os livros de um leitor compulsivo sofre, né, gente...?   Fazer o quê?!  A fila é grande... Mas ela anda. Graças a Deus! Rsrs...
    Já que em 2020 eu não dei conta da minha meta de leitura, na qual eles estavam inclusos, prometi a mim mesma que este ano de 2021 eles seriam os primeiros a  serem escolhidos, logo, eu cumpri com minha promessa, como é possível ver. (aplausos...). Mas... Antes de dar a minha opinião a respeito desta leitura, achei importante escrever primeiro um pequeno resumo de cada livro... 

Então? Bora lá?




A série “As irmãs Shakespeare” conta a história de quatro irmãs, porém, separadamente. Tendo como pano de fundo as quatro estações do ano. Ou seja, cada história acontecerá em uma determinada estação, em uma cidade específica.

O primeiro volume, “Um verão na Itália”, conta a história de Cesca Shakespeare que, no passado, no auge dos seus 18 anos, estava dirigindo a sua primeira peça, com grandes chances de ser premiada. Porém, algo aconteceu com o ator principal, Sam Carlton, fazendo-o a abandonar a peça e ir embora, sem dar satisfações para ninguém. Resumindo: sem o protagonista, a peça de Cesca foi um desastre e motivo de muitas críticas. Isso tudo fez com que nossa mocinha tivesse um bloqueio criativo, e, por seis anos ela pensou que era incapaz de criar algo novo, outra vez.

    Cesca trabalhou em vários lugares, mas não conseguia se fixar em nenhum deles. Morava num apartamento medíocre, mal conseguia pagar suas contas, tendo que, por várias vezes, catar comida no lixo para se alimentar. Além disso, ela já havia perdido as contas de quantas vezes ela fora despejada dos apês por falta de pagamento... (Difícil, hein...). O mais interessante disso é que as irmãs de Cesca sequer faziam ideia da situação precária em que a irmã vivia. Não por falta de comunicação, pois isso acontecia toda semana, via Skype. Mas porque a própria Cesca fazia questão de manter esse lado “sombrio” em segredo, para não preocupá-las.

    Assim que foi demitida de seu último e pavoroso emprego, o padrinho de Cesca a convida para ir até a casa dele para conversarem um pouco. Pelo que parece, ele é o único que sabe do quão difícil estava sendo a vida de Cesca. Entre alguns conselhos e outros, o padrinho de Cesca faz uma ligação e, utilizando a sua influência no meio artístico, consegue para ela um emprego na villa de Como, na Itália! Nesse novo emprego, Cesca seria uma espécie de “governanta” tendo que trabalhar durante uma pequena temporada enquanto o casal responsável pelos cuidados da casa precisam se afastar para cuidar de um recém-nascido, sobrinho deles.

    Relutante (?!), Cesca aceita o emprego arranjado. Primeiro: porque precisava e, segundo, porque nessa nova casa ela teria tempo o suficiente para tentar compor uma nova peça, sair do seu bloqueio criativo. Seria uma espécie de férias remuneradas.

    Certo dia, porém, sem que Cesca soubesse, eis que Sam Carlton, (o cara que destruiu todos os seus sonhos seis anos atrás), aparece sem ninguém saber, na casa de Como. Parece que o padrinho de Cesca esqueceu de informar a moça que aquela casa era da família do seu maior inimigo.  

   Cesca o recebe muito mal... Ele não a compreende de início, mas aos poucos vai conseguindo criar uma certa amizade com ela. Ambos passam muito tempo sozinhos, juntos dentro de casa. Aos poucos, conforme Sam vai conhecendo melhor Cesca, percebe o quão mal ele fez na vida dela, deixando para trás a peça, há seis anos atrás. Adquire por ela uma determinada afeição e certa noite, quando ela volta de um encontro, os dois conversam e passam aquela noite juntos. Iniciando, portanto um romance. Até que toda a família de Sam surge na casa e tudo vira de cabeça para baixo. [...] 



Dando sequência a quadrilogia das “Irmãs Shakespeare” temos então o segundo volume "Um amor de Inverno", no qual vai contar a história da Kitty Shakespeare, uma estudante de cinema que, ao buscar uma vaga como estagiária com um dos produtores de Hollywood, acaba sendo admitida como babá do único filho dele.
       Kitty se surpreende quando é chamada para ser babá, mas logo vê que isso é uma excelente oportunidade, pois, cuidando do menino, estaria mais próximo do senhor Klein e assim, quem sabe, conseguiria uma chance de estagiar para ele, caso ele se simpatizasse com seus serviços.
            Kitty se mudou no dia seguinte que recebeu a ligação com a proposta de emprego. Mas não esperava que a casa dos Klein fosse tão longe da cidade. Era inverno e as estradas estavam muito escorregadias devido a neve, capazes de provocar qualquer acidente, como... Atropelar um cervo, por exemplo.
        Kitty ficou completamente desesperada quando viu que havia atropelado um animal,
 e, para piorar sua situação, o sinal do celular não pegava naquele local da estrada, e seu carro estava praticamente sem conserto. Congelando e com roupas não muito próprias para aquele tipo de frio, Kitty voltou para o carro para se aquecer e evitar ser ferida pelo animal que lutava para viver na beira da estrada.
Certo momento Kitty avista um outro carro. Sai do seu e faz sinal com os braços pedindo ajuda. Mas ela não esperava, então, que o motorista do outro carro fosse um homem. Um homem alto. Lindo. E. Ma – ra – vi – lho - so. Porém grosso... Ele sai do carro e quando nota do que se trata aquela situação toda na estrada, pega sua espingarda e caminha em direção a Kitty, com um semblante sério.
Kitty implora para que ele não a mate, um fato que o deixa muito irritado. Pois ele não cogitava matar Kitty, mas sim, o cervo que estava sofrendo demais. 
Feito o sacrifício com o animal, Kitty recebe carona desse homem. Mas ela não entendia o porquê de ele tratá-la com tanto desprezo, afinal de contas, ela não o conhecia antes daquele dia.
        Chegando na casa dos Klein, Kitty é bem recebida pela governanta e conhece Jonas, o garoto de quem ela seria babá.
        Conforme os dias passam, Kitty descobre que aquele homem horrendo (mas alto, lindo e maravilhoso...) é nada mais, nada menos que Adam Klein, um documentarista da televisão. Irmão do pai de Jonas.
        Um detalhe que foi esquecido de mencionar é que Adam não morava na casa dos Klein, mas estava dormindo em uma cabana que fazia parte das terras de sua família. Dormia lá, porque estava evitando o irmão, com o qual ele tinha uma rixa muito séria.
        Durante as semanas em que Kitty ficou na casa, ela e Adam se viram mais algumas vezes. Nos primeiros dias, Adam foi muito estúpido com Kitty, deixando-a confusa. Mas, com a ajuda do terapeuta, ele percebeu que estava sendo radical demais com a moça e decidiu, então, se redimir com ela, pedindo desculpas.
        Desculpas aceitas, os dois passaram a se ver com mais frequência, principalmente porque Adam concordou em cuidar de um cachorrinho que seria o presente de Natal do seu sobrinho.
E são durante esses dias até o Natal que a mágica entre Kitty e Adam acontece. Ambos se sentem muito atraídos um pelo outro, se envolvendo romanticamente.
        Tudo vai bem até a noite de Natal. Adam, para não contrariar a sua mãe, que estava com o quadril quebrado, aceita passar o Natal em família, mesmo sabendo que isso resultaria estar próximo do irmão. Um sacrifício que ele estava disposto a pagar pelos pais e pelo sobrinho que ele muito amava. Mas, haja vista que durante a refeição natalina, Jonas, inocentemente, comenta sobre um suposto filme que o pai estaria fazendo, no qual o tio era o protagonista. A partir dessa revelação, tudo muda para Adam. Enlouquecido pelo que acabou de ouvir, Adam parte para cima do irmão. Os dois brigam verbal e fisicamente, no entanto, o estopim para Adam foi quando ele soube que Kitty sabia desse filme também e nada contou para ele. Adam é estritamente ríspido com ela, revela de forma humilhante o envolvimento dos dois diante da família, vira as costas e sai. Se enclausura no seu mundinho dentro da cabana e ali fica sem falar com mais ninguém. [...]




        O livro “Uma surpresa na primavera” faz parte do terceiro volume e, nele, conhecemos a história de Lucy, a irmã mais velha das quatro.

Lucy é uma advogada de renome, conhecida por manter a ordem tanto na vida profissional quanto na particular. Desde os seus quinze anos, quando um acidente terrível deixa as quatro órfãs de mãe, Lucy está acostumada a controlar tudo o que acontece em sua vida e nas das irmãs. É por causa dela que, as quatro, toda semana, se juntam para conversar por meio de uma web, já que cada uma está num canto diferente do mundo vivendo suas vidas. E, ainda assim, mesmo sendo todas já adultas, Lucy ainda tem a sensação de que é responsável por manter a felicidade e o bem estar de suas irmãs.

            Tudo ia bem na vida perfeita de Lucy, até que um dia ela conhece o seu novo cliente – Lachlan MacLeish. Um grande empresário, porém filho ilegítimo de um laird da Escócia. Por ter herdado a herança do pai, mais o título, Lachlan estava tendo problemas com o seu meio irmão Duncam. Por isso, necessitava dos serviços advocacionais de Lucy. No entanto, ambos não contavam com a atração que imediatamente surgiu entre eles. E, não demorou muito para que  já estivessem passando finais de semanas juntos.

            Lucy, apesar da forte atração que sentia por Lachlan, sabia que estava agindo errado. Afinal de contas não era ético um advogado se relacionar com o seu cliente. Mas, Lachlan tinha um não sei o quê nele que a desestabilizava toda vez que se viam.

            Lachlan, apesar de ser filho ilegítimo de um laird escocês de Glencarraig, não teve uma infância fácil. Era negligenciado pelo pai e menosprezado pela esposa dele. Quem o ajudou a ser o homem que se tornou foram os pais de Grant, seu melhor amigo. Todavia os traumas da infância ainda o perseguiam, enchendo-o de amarguras, medos e inseguranças.

            Sem saber da profundidade dos problemas pessoais de Lachlan, Lucy viu-se cada vez mais envolvida com ele. Tanto que não se reconhecia mais. Aquela Lucy durona, que tinha tudo sobre controle, em um dado momento, já estava mais relaxada e disposta a aproveitar o romance e ver no que iria dar. Disposta a arriscar tudo.

Mas Lucy não contava que uma de suas irmãs iria descobrir um segredo que ela tanto guardava desde o acidente da mãe. A ligação da irmã num determinado final de semana muito importante para Lachlan, relatando o que havia descoberto, desestabilizou totalmente Lucy. Foi nesse momento que ela percebeu o quanto aquele romance todo estava atrapalhando a vida dela e a do Lachlan também. Arrumou as malas e, enquanto esperava o táxi chegar ao hotel, teve uma grande discussão com Lachlan, que se recusava a entender os motivos de ela ir embora abruptamente.

Sentindo – se mais uma vez abandonado por quem ele tanto amava, Lachlan deixou claro para Lucy que se ela saísse daquele hotel, não precisaria mais voltar.

Lucy saiu. E Lachlan se arrependeu amargamente de suas palavras assim que elas foram ditas. 




            Finalmente, o quarto e último volume da série “As irmãs Shakespeare”.  “Uma luz no outono” narra a história da segunda irmã mais velha – Juliet Shakespeare

Juliet foi a primeira das quatro irmãs a se casar, já que ela acabou engravidando de Thomas Marshal, durante o seu namoro com ele. Juliet e Thomas foram casados por sete anos. Mas devido a uma traição dele, ela sai de casa e os dois decidem se divorciar.

A partir daí a vida de Juliet toma uma outra direção. Ela se muda para um bangalô, abre sua própria floricultura e cuida da sua filha Poppy, ainda pequena. Enquanto isso, espera o tempo necessário para conseguir assinar o seu divórcio definitivamente.

Certo dia, Juliet recebe uma ligação da escola, pois sua filha não havia se comportado muito bem. Lá, ela conhece o pai da outra criança envolvida na briga e logo sente uma "queimação" estranha... A qual ela põe a culpa nos hormônios...  

 O nome do pai era Ryan, e do seu filho era Charlie. Ambos se encontraram com Juliet e Poppy numa sorveteria no caminho da escola para casa. Coincidentemente a única mesa que havia mais dois espaços vagos eram das duas, então Ryan pediu para sentar-se com elas. Conversa vai e conversa vem, Juliet descobre que aquele homem que estava na frente dela, muito bonito por sinal, era o seu mais novo vizinho.

As duas crianças a essa altura do dia, já haviam feito as pazes e estavam se dando muito bem. Devido a isso, Juliet e Ryan começaram a se ver com mais frequência, passando mais horas juntos.

Ryan, desde o início já se sentia atraído por Juliet. Ao demonstrar o seu interesse por ela, percebeu que a mulher se assustou um pouco. Com isso, decidiu que não avançaria mais. Esperaria por ela. Esperaria que ela tomasse a decisão, a frente. Não seria um babaca como o pai foi com a mãe dele. 

Em um determinado passeio de barco, Juliet já sabia que se ela quisesse que ele a beijasse ela teria que dizê-lo. E, assim fez. 

A partir desse passeio, os dois começaram a ter um relacionamento escondido dos vizinhos, dos filhos e, principalmente, de Thomas.  Mas, como mentiras têm pernas curtas, Thomas descobriu que os dois estavam juntos e fez um grande escândalo na porta da casa de Juliet.  Assim que Ryan viu o que Thomas estava fazendo na casa de Juliet foi até lá para poder ajudá-la. No entanto, ele acabou se irritando com alguns comentários de Thomas, e isso o fez dar um soco no homem. Por causa disso passou a noite na cadeia refletindo sobre toda a sua vida: seu relacionamento com a família, sobretudo o pai e a mãe, e sobre os sentimentos que nutria por Juliet, sem saber se ela sentia o mesmo. No outro dia, quando Ryan faz um telefonema para Juliet, um mal entendido o faz tomar uma decisão: Ele viaja. Deixando seu filho, Charlie, com a mãe do garoto e sem dar mínimas explicações para Juliet. [...]





A série “As irmãs Shakespeare”, como vocês puderam perceber nos resumos, aborda um clichê romântico. Trata-se de um romance New Adult, cujos protagonistas estão na fase dos seus 20 – 30 anos, alguns até cursando faculdade. Um exemplo, são as irmãs Cesca e Kitty. Ambas devem ter, no máximo, 23... 24 anos... E Kitty já estava na fase de estagiar para conseguir seu certificado de conclusão.  

Acredito que não seja necessário descrever um parecer para cada livro, já que durante as minhas leituras eu percebi que a autora, praticamente, utilizou a mesma fórmula do volume 1 e aplicou para todos os outros.

Do volume 1 ao volume 4, nós encontraremos quatro homens, todos muito bem dotados, fisicamente lindos, com muito dinheiro... E o principal: cheios de problemas em suas relações familiares... Legítimos machinhos alfas feridos...

Nota-se que a autora trabalha o amor por meio do destino: foi o destino que levou Cesca até a casa de Sam, para ambos se encontrarem e ela, finalmente, se reencontrar como dramaturga. Foi o destino que colocou Kitty, dentro da casa dos pais de Adam para que os dois pudessem se encontrar e, assim, Kitty conseguir “salvar” Adam da sua própria selvageria... Foi o destino que uniu Lucy a Lechlan, para que ela aprendesse a relaxar, e ele encontrar um verdadeiro amor... Foi o destino que fez com que Ryan decidisse voltar para sua cidade natal, indo morar logo ao lado da casa de uma mulher linda, que estava se divorciando e vivendo os mesmo pesadelos que a mãe dele... Fala sério? Quais são as probabilidades de isso acontecer na vida real?

Embora eu esteja enfatizando os dramas familiares, posso afirmar para vocês que isso é pouco mostrado nos livros. Penso que a autora conseguiu chegar ao seu objetivo específico que se tratava em escrever uma história sobre como é possível  “encontrar o verdadeiro amor”. Todos os dramas servem apenas como pano de fundo para as histórias. O foco maior é a junção dos casais e de que forma cada um deles vai se descobrindo e criando esse vínculo amoroso... Confesso que esse “zoom” no par romântico me incomodava um pouco, pois a autora fica páginas e páginas apenas descrevendo o dia desses personagens e como eles são quando estão juntos. Nada mais acontece.

A narrativa da autora é muito fluida. Possui uma linguagem muito fácil. Afirmo, até, que a narrativa de Carrie Elks é bastante poética... Pois ela utiliza muitas metáforas para se referir aos personagens e ao amor que um sente pelo outro. Além de transmitir, também, bastante sensualidade...

O narrador existente nas histórias é do tipo “oniciente”, logo ele conhece suas personagens, sabe tudo o que elas fazem, pensam e sentem... Quando estamos diante de um narrador assim, temos a sensação de que fazemos parte da história, pois nos sentimos tão próximos, tão conectados com os personagens... Quase amigos íntimos! E, foi mais ou menos assim que me senti em alguns momentos lendo as histórias dessas quatro irmãs...

“As irmãs Shakespeare” é aquele tipo de série que parece que você está assistindo uma sessão da tarde, debaixo de um cobertor... Comendo pipoca! De tão gostosinha que a leitura é. A gente não sente o tempo passar. A união das irmãs me lembrou demais a relação das amigas do filme “Sex in the city”, e das mulheres de "Jane, a virgem". Inclusive um filme que combina com esses livros é “O amor não pede férias”, fica aí a dica, para quem gosta de um romance bem doce!

As capas dos livros são como as imagens que constam em cada resumo, pessoalmente elas são lindíssimas. Comprei todos eles em uma promoção de um box, na Submarino, além dos livros, eu recebi uma eco bag, mais alguns cartões postais das cidades onde cada irmã morava. Os capítulos são divididos por citações de outras obras, em sua maioria, obras do escritor William Shakespeare. Além de serem intercalados entre “eles e elas”.

O que não me agradou nos livros?

Primeiramente, a ênfase no casal... Os personagens secundários muito pouco tinham importância. Existem apenas para fazer figurino na obra. Por que essa ênfase me incomodou? Porque enjoa. Simples assim. Por mais que eu goste de um romance e curta um clichê, ficar o tempo todo só assistindo o envolvimento dos casais, me dava uma angústia... Eu queria ver mais envolvimento dos rapazes com suas famílias... Até mesmo entre as meninas. E isso só acontecia no final... Os livros não têm grandes reviravoltas... Na verdade são inexistentes. Isso me frustrou bastante! Tudo segue o seu fluxo... Como em um conto de fadas. 

Outra questão é a história da Cesca... Como assim ela ficou seis anos num bloqueio criativo?!?! Quem disse a ela que precisava ser realizada profissionalmente aos 18 anos?! Isso não existe! Todo o drama que ela criou em volta disso... Ai, meu Deus, não tive paciência...

Cada irmã está em um local diferente. Senti falta, durante as descrições, da exploração das paisagens desses locais. Pois a maioria do tempo esses personagens estavam trancafiados dentro de uma casa, ou de um quarto de hotel... Ou numa cabana... Isso me sufocava um pouquinho...

A forma como a autora tratou com superficialidade o problema de saúde do pai das meninas... Alguns personagens que apareceram num livro, simplesmente sumiam nos outros...

            Dos quatro, qual eu gostei mais? 

Pois bem, não estou dizendo que a série “As irmãs Shakespeare” é ruim. Porque não é. Apenas não rolou para mim tanto quanto eu imaginei, quanto eu gostaria. Como eu já disse, senti falta de algo mais... Talvez de mais realismo... Pois tudo acontece tão magicamente... Tudo se resolve tão extraordinariamente... Mas, como em qualquer outra série, a gente sempre acaba gostando um pouquinho mais de um... De outro. Acredito que os livros que mais me seduziram... Que fizeram o meu coração ficar um pouco mais quentinho, foram “Uma surpresa na primavera”. Não por causa do romance em si, mas por causa de Lucy a forma como ela foi se moldando a uma nova ideia de vida, além da relação dela com as outras irmãs que, nesse livro, ficou mais claro. E os laços mais fortes. E o segundo livro é “Uma luz no outono”. Novamente, não por causa do romance, mas, porque nele encontramos Juliet, uma protagonista que se casou muito jovem. Viveu um relacionamento frio, abusivo... Cheio de cobranças e traições, tendo que se reencontrar, se conectar. Descobrir quem ela é de fato, como mãe, como profissional, como mulher... E a forma como ela vai conseguindo isso tudo é bonito, tanto que quando Juliet finalmente se divorciou, a troca do sobrenome de Marshal para Shakespeare a fez se sentir leve... Como se tivesse tirado um fardo das costas. Achei nesse último livro a narrativa da autora mais madura também. Senti uma pitadinha de crítica social sobre relacionamentos abusivos, entre marido e mulher, pais filhos... Tem um pouco mais de ações também! Amei quando o Ryan deu um soco no Thomas! Sério, eu fiquei cho – ca – da com as insinuações que esse bocó fazia sobre Juliet! Com esse livro eu tive momentos em que me diverti, até por causa da presença das crianças, Charlie e Poppy, uma duplinha muito dinâmica, com muitas perguntas e respostas mais engraçadas que a outra.  Além de ele trazer referências da obra “Romeu e Juliet”. Começando pelas iniciais dos nomes dos protagonistas: “R e J”. Os dois, assim como Romeu e Julieta, também tiveram uma noite de muita música, muita dança... Estavam em um relacionamento às escuras... A família de Ryan era dona da metade da cidade, enquanto os Marshal eram da outra. Logo, as duas famílias não se davam muito bem. Trazendo a semelhança da rivalidade dos Capuleto e Montéquios... Não coloco isso como releitura, nem sei se foi intencional. Mas quem leu Romeu e Julieta, consegue visualizar essas pequenas pinceladas... Acho que a autora quis, talvez, apenas homenagear o escritor que deu nome à série.

Enfim, antes de adquirir os livros, eu já havia dado uma pesquisada sobre eles, e tudo era meio parecido: um romance gostosinho de se ler! Concordo. Pura leitura de entretenimento. Porém, outra coisa que eu ouvi bastante foi que, embora esses livros façam parte de uma série, eles podem ser lidos fora de ordem. DISCORDO. Eu fiz questão de ler do volume 1 ao 4 (um pouco por causa do meu TOC), e, penso que se eu tivesse feito diferente, eu acabaria tendo alguns spoilers... Logo, não recomendo que vocês façam isso...


💓💓💓

Galera, vou ficando por aqui... Peço desculpas pelo tamanho dessa página, dos resumos... Da resenha/análise... Espero que vocês tenham lido, tenham gostado. 

Se gostou ou não, comentem. Quero saber a opinião de vocês, até mesmo receber indicações de outras leituras! 

Um grande beijo e até a próxima! 

💓💓💓


x

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

FLORES PARA ALGERNON

      Após três semanas lendo histórias de muito amor, muito romance, muito mel... Eu sentia que necessitava de uma leitura que pudesse trazer - me de volta ao chão. Afinal, a vida não é um conto de fadas... Não é mesmo? Portanto, o livro escolhido para essa grande missão foi "Flores para Algernon" . Confesso que, na primeira vez em que li esse título, eu pensei que se tratava de um romance homoafetivo... (tudo bem... podem rir da minha ignorância... 😒), pois eu jamais havia ouvido falar em Daniel Keyes antes de começar a assistir alguns vídeos no Youtube. Qual foi o tamanho da minha surpresa, quando descobri que esse belo livro aborda ficção científica!  Se eu já estava interessada antes, imagina depois de tudo o que descobri sobre ele! Pois é... Agora eu estou aqui, ansiosíssima, para contar para vocês! 😄              Sem mais delongas, "Flores para Algernon" é aquele tipo de livro que foi feito para ser lido devagar, não por ...

MINHA VIDA (NÃO) É UMA COMÉDIA ROMÂNTICA

  Li, recentemente, “A linguagem do amor”, de Lola Salgado e me apaixonei pela escrita dessa autora. Logo, não sei se vocês são assim, mas, quando eu me encanto por algum autor, sinto a necessidade de ler tudo o que esse autor(a) escreve. No caso de Lola Salgado, portanto, não foi diferente. Após terminar a Linguagem do amor, mergulhei de cabeça no livro “Minha vida (não) é uma comédia romântica” , e, agora estou aqui para dar o meu feedback sobre ele.   “Minha vida (não) é uma comédia romântica” é, também, um ebook bem curtinho com, no máximo, 434 páginas. Porém, ao contrário do primeiro livro dela que li, senti que a minha leitura deste foi um pouco mais arrastada. Ele não me prendeu logo de início. Mas isso não quer dizer que achei-o um livro ruim. Nada disso. O livro narra em primeira pessoa a história de Chloe Tavares, uma garota de 25 anos, negra, que ainda não descobriu o seu lugar no mundo. Ela já havia tentado alguns cursos em faculdade, mas acabou desistindo del...