Meu último livro lido recentemente
é da autora Lola Salgado. O nome dele é o que dá título a esta resenha, ou
seja, “A linguagem do amor”. Esse livro foi meu primeiro contato com a escrita
dessa autora, eu já havia ouvido falar bastante dela, mas nunca havia ainda me
aventurado a ler algo. O livro em si é bastante curtinho, ele tem 372 páginas,
mas a narrativa da autora é super leve, bastante fluida, então a gente consegue
lê-lo bem rapidinho, sem muita dificuldades... Eu o li em formato Kindle, pela Amazon, então
não sei se existe o livro físico, caso alguém se interessar em adquiri-lo...
O livro traz como
protagonista, Rebecca, uma garota muito jovem, de apenas 19 anos, que sai de
sua cidade do interior de São Paulo, para ir estudar Letras/ Inglês em Maringá.
Chegando lá, ela divide um apartamento com seu colega de quarto, Arthur, e, logo
mais, com Nataly, também.
Ao observar a relação
do trio, nota-se que Rebecca é uma moça bastante dedicada para com suas responsabilidades,
principalmente quando se trata de seus estudos. Ela evita faltar às aulas e
sempre está com todos os seus trabalhos em dia. Rebecca é uma pessoa que foi
criada pelos avós, devido a uma relação conturbada que existe entre ela e a
mãe. Isso é uma questão que afeta muito a protagonista. E o fato de ela ser tão
determinada, focada é justamente o seu desejo de não se tornar como a mãe dela.
Em sequência, temos
Adônis, um rapaz de 25 anos, que trabalha como professor de Produção Textual na
universidade em que os jovens acima estudam. Lá, ele é visto pelos universitários
como Carrasco, devido a sua postura rígida e pelos modos grosseiros, arrogantes
com os quais ele trata seus alunos.
Rebecca é aluna de
Adônis, porém, ela não o conheceu primeiramente na faculdade, como os demais
colegas. Ela teve o azar (ou não) de conhecê-lo certa manhã, em frente ao seu
prédio, no dia em que Adônis se mudava para lá.
De imediato Rebbeca percebeu
que Adônis possuía uma personalidade nada agradável, logo, o apelidou de
Chewbacca, uma vez que Adônis possuía uma barba grande e a fazia lembrar do
personagem de Star Wars. Assim que os dois se encontram na frente do prédio, o
leitor logo percebe que vai sair algo desse encontro... Ou melhor, esbarrão!
Ambos não tem uma conversa muito educada, Adônis foi extremamente grosseiro com
Rebecca, no entanto, ela fica mexida com ele... Com sua aparência... E, como
qualquer garotinha de romances clichês, Rebecca também se viu atraída por um
homem misterioso...
Os dias passam e
conforme Rebecca e Adônis vão se conhecendo, uma paixão avassaladora surge
entre eles, porém, Adônis tem medo de ir adiante com esse sentimento, mesmo
sabendo que Rebecca estava super disposta em assumi-lo. O mais interessante é
que o livro aborda a relação amorosa entre professor e aluna, mas não é isso
que os impede de poderem ficar juntos. Quando ambos se descobrem apaixonados,
revela-se para o leitor o quanto cada um carrega consigo uma carga muito
negativa do passado... Tanto Rebecca quanto Adônis carregam grandes traumas.
Traumas estes que os impediram de amar outras pessoas anteriormente.... E é a
partir desse momento que a narrativa, para mim, se torna muito gostosa de ler.
A forma como Rebecca vai descontruindo aquele ser humano carrasco... E a forma
como esse lado meio “durão” de Adônis colabora para o crescimento da auto
estima de Rebecca, é muito bom... É encantador... São duas pessoas espírita
e mentalmente machucadas, se conectando e apoiando uma a outra em momentos de
devaneios...
O livro, como eu já disse, vai muito além
do clichê do amor entre uma aluna e seu professor, ele traz temáticas como
alcoolismo, mortes precoces, estupro, pedofilia (ressalto que, no livro, essas duas palavras não foram usadas, mas a minha interpretação de mundo, me faz enxergar
essa parte da história como sendo...) gravidez na adolescência... homossexualidade...
as consequências que a gente tem quando tomamos decisões erradas... Mas tudo de
uma forma suave... Acredito que a intenção do livro (caso haja alguma), não seja
de denunciar, criticar... Mas sim, de mostrar, de dizer que não devemos deixar
que atitudes perversas de outras pessoas, ou acontecimentos que estão fora do
nosso controle ditem o que iremos ser e qual caminho iremos seguir. Podemos
escolher o caminho do ódio, do rancor, do pessimismo, da dor... Ou podemos escolher o
caminho da linguagem do amor, que se manifesta na esperança, na união, na
família, na amizade... E, sobretudo, no perdão... No perdoar a si mesmo e aos outros.
***
Dou cinco estrelas para esse livro + coraçãozinho, ou seja, ele se tornou um dos meus preferidos deste ano!!! Conseguiu me emocionar... E me trouxe muitas reflexões acerca da minha vida pessoal, no quesito relação familiar. Além do mais, o livro se passa em alguns momentos na universidade, fala sobre Letras – a faculdade que eu escolhi cursar ! S2 S2 S2! Como também traz uma protagonista que ama livros e sonha em trabalhar em alguma grande editora um dia! Assim como eu!
*-*
Comentários
Postar um comentário